Operação prende 174 membros da GDE com uso de reconhecimento facial no Ceará

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Ao todo, 569 mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Justiça em 32 cidades brasileiras, sendo que 353 pessoas foram identificadas com a tecnologia

Um total de 173 membros da facção criminosa cearense Guardiões do Estado (GDE) foi preso com o auxílio de tecnologia de reconhecimento facial por meio de Inteligência Artificial (IA) no Ceará e nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. As capturas aconteceram durante a operação "Heresia", deflagrada nesta segunda-feira, 24, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Ficco).

Na operação, 99 membros foram presos por cumprimento de mandados, uma pessoa foi presa em flagrante por tráfico de drogas e 74 já se encontravam em unidades prisionais no Estado, sendo que 23 delas, que usavam tornozeleiras eletrônicas, foram presas.

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Ao todo, 353 suspeitos foram identificados por meio da tecnologia de reconhecimento facial, e 216 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os alvos possuem antecedentes criminais relacionados a roubo, homicídio e tráfico de drogas.

Segundo o delegado da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e integrante da Ficco/CE, Paulo Renato de Almeida, os membros da facção foram localizados após investigações de campo, o que possibilitou, posteriormente, a aplicação da tecnologia de reconhecimento facial, que não utiliza sistemas de videomonitoramento para identificar os alvos.

“A partir do momento que nós tivemos o a fotografias de pessoas que poderiam fazer parte da organização criminosa, foi utilizado um software que é disponibilizado tanto para Ficco como para as polícias de secretária da Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de istração Penitenciária também”, explica o delegado, que

A operação foi desencadeada a partir da apreensão de materiais, como celulares, em uma outra operação da Ficco no começo do ano ado, que auxiliou na identificação dos membros.

“Por meio dessa outra operação e da apreensão de materiais foram feitas análises e instaurado um outro procedimento que culminou agora com essas medidas judiciais cumpridas”, disse o superintendente regional da PF no Ceará, delegado José Antônio Simões de Oliveira Franco.

O titular da SSPDS, Roberto Sá, que acompanhou a operação, afirma que o Estado vem investindo em tecnologia para combater o crime. “Temos o programa Ceará contra o crime, que tem feito com que o Governo do Estado esteja fazendo bastante investimento nas forças de segurança, seja em recursos humanos, recursos materiais, em tecnologia”, comenta.

O delegado da Polícia Civil Paulo Renato afirma que as investigações apontam que os alvos cumprem ordens dentro da facção, desde o armazenamento de materiais, prática de homicídios, furto e roubo e o levantamento financeiro. “Eles têm esse papel bem definido para ser uma espécie de mão daqueles que estão efetivamente atuando, na cabeça, lá no no topo da organização criminosa”, disse.

O delegado afirma que, com as prisões, o impacto afeta diretamente o “vácuo” dentro da organização. “A gente acredita que vai ter algum tipo de lapso”, disse Renato. Todos os alvos da operação atuavam na execução da materialidade do grupo, como ações de tomada de territórios, levantamento patrimonial e práticas de homicídios.

No Ceará, as prisões aconteceram em 29 municípios: Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Pindoretama, Eusébio, Forquilha, Baturité, Capistrano, Canindé, Aratuba, Itapiúna, Itarema, Icapuí, Juazeiro do Norte, Quixadá, Morada Nova, Choró, Banabuiú, Várzea Alegre, Iguatu, Tauá, Paracuru, Paraipaba, Pacatuba, Guaiúba, Maranguape, Pacajus, Horizonte e Itaitinga.

Já as prisões interestaduais foram na cidade de Teresina, no Piauí, onde dois alvos, uma mulher, de 29 anos, e um homem, de 20 anos, foram presos. Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, um homem, de 51 anos, foi preso. Já na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, um homem, de 22 anos, foi preso por mandado de prisão.

As ações contaram com 1.110 agentes de segurança, sendo 71 policiais federais, entre delegados, agentes e escrivães; 480 policiais civis, incluindo 25 delegados e 109 viaturas; 408 policiais militares e 97 viaturas; e 36 policiais penais; além do apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Copol/SSPDS), Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) e Coordenadoria de Inteligência (Coin).

 

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Facções criminosas Polícia Civil

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