Estudante indígena busca ajuda para custear os estudos em medicina

Estudante indígena busca ajuda para custear os estudos em medicina

Aos 31 anos, Neto Pitaguary está realizando o sonho de cursar medicina. Seu objetivo como futuro médico é poder contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade

Aprovado em uma instituição particular, o estudante indígena Neto Pitaguary está determinado a realizar o sonho de se tornar médico. No entanto, para concretizá-lo, ele precisa de ajuda para pagar as mensalidades do curso, que custam R$ 10.200.

Atualmente, Neto trabalha como técnico em enfermagem e concilia os estudos com a vida em família ao lado da esposa e da filha de três anos.

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A tragetória de Neto Pitaguary

Fernando José de Moura Neto, de 31 anos, nasceu na comunidade indígena Pitaguary, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Sua mãe, Maria de Fátima, inicialmente trabalhou como empregada doméstica para sustentar ele e sua irmã mais nova. Posteriormente, conseguiu um emprego como agente de saúde, função que exerce até hoje.

Durante a infância, Neto estudou em uma escola indígena da região. Na adolescência, precisou sair da comunidade para cursar o ensino médio. Ele ingressou como bolsista no Programa Juventude Indígena Realizando Sonhos, onde teve a oportunidade de estudar em uma escola particular de Fortaleza.

O programa, que faz parte do Movimento Saúde Mental (MSM), busca fortalecer a identidade étnica e incentivar a formação acadêmica e profissional de jovens indígenas. Durante esse período, Neto e os demais alunos receberam apoio psicológico e nutricional, e suas famílias também foram acompanhadas.

“Quando nos perguntavam ‘O que você quer ser">O desejo de se tornar médico surgiu do envolvimento com o serviço comunitário e da atuação no Movimento Indígena e Popular. Segundo ele, essa vivência “tirou um pouco a venda dos meus olhos” e o fez enxergar os problemas mais graves enfrentados por seu povo, como os transtornos mentais.

“Ver pessoas da minha comunidade sofrerem com transtornos mentais me levou a decidir que é isso que quero para minha vida, e que tenho que fazer alguma coisa para mudar isso”, explica.

Ao final do ensino médio, Neto prestou vestibular para medicina, mas não foi aprovado. Em 2013, decidiu cursar técnico em enfermagem, concluído em 2015. Desde então, atua como profissional de saúde no território indígena Pitaguary. Mesmo com o trabalho na área, o sonho de cursar medicina nunca deixou seu coração.

A busca por apoio

No início deste ano, esse sonho começou a se concretizar: Neto foi aprovado no vestibular e iniciou o primeiro semestre do curso de medicina. Porém, enfrenta um grande desafio — arcar com os altos custos da mensalidade, atualmente em R$ 10.200.

Sem apoio de instituições financeiras e com recursos limitados da família, o estudante buca apio para permanecer na graduação.

Interesados em contrubuir podem entrar em contato pelo número: (85) 9999-9673

“Por mais difícil que seja entrar nesses espaços, é importante reconhecer que os povos indígenas precisam também estar neles, porque ser médico é uma vocação, não apenas uma formação acadêmica.”

Assista a entrevista Weiba Tabepa, primeiro advogado indígena do Ceará



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