Criança morre e mãe é internada em estado grave após atropelamento em Vancouver, no Canadá

Criança morre e mãe é internada em estado grave após atropelamento em Vancouver, no Canadá

Natural de Fortaleza, Silvana Schramm e seu filho, Leonardo Pedro Schramm Machado, voltavam de um eio quando foram atingidos por um ônibus

Uma criança de 4 anos, identificada como Leonardo Pedro Schramm Machado, morreu após ser vítima de um atropelamento por um ônibus, na cidade de Vancouver, no Canadá. Durante o acidente, ocorrido na última quarta-feira, 2, a mãe de Leonardo, a cearense Silvana Maria de Oliveira Schramm, também foi atingida e segue internada em estado grave.

De acordo com a família das vítimas no Brasil, mãe e filho voltavam de um eio de balsa em Horsehoe Bay, em West Vancouver, acompanhados por uma outra amiga, quando um ônibus da Translink, empresa de transporte público da cidade, subiu a calçada e atingiu o grupo. “Ela estava aproveitando um dia iluminado, ensolarado, para fazer o eio”, conta Solange Schramm, irmã de Silvana.

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Leonardo não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no local do acidente. Segundo familiares, Silvana Maria foi socorrida e encaminhada ao Vancouver General Hospital, onde segue sob cuidados intensivos das equipes médicas, sem previsão de alta.

Em entrevista ao O POVO, Solange Schramm conta que a família no Brasil foi informada sobre o acidente por meio de uma ligação do marido de Silvana, o arquiteto paulista Clineu dos Santos Machado, que vive no Canadá há mais de 20 anos.

“A única coisa que ele sabia é que ela estava no eio com essa balsa, porque ela mandou uma mensagem para ele sobre a balsa e depois ela silenciou. Aí, ele pensou assim: ‘não, ela silenciou porque, daqui meia hora, ela vai voltar a fazer contato’. E não fez mais...”, conta Solange.

Em entrevista à imprensa canadense, o sargento Chris Bigland, do Departamento de Polícia de West Vancouver, informou que a investigação está em estágio inicial e que uma infração criminal não foi descartada, mas que a velocidade não foi considerada um fator do acidente. O motorista do ônibus prestou depoimento à polícia e o veículo foi conduzido para uma inspeção mecânica.

Conforme Solange, o acidente gerou uma onda de comoção pela região e ela espera que, no momento certo, a empresa assuma as responsabilidades cabíveis.

À CBC News, o prefeito de West Vancouver, Mark Sanger, classificou o evento como uma tragédia e prestou condolências à família.

Kevin Quinn, CEO da Translink, informou que a empresa está colaborando com o Departamento de Polícia de West Vancouver para as investigações.

Silvana e Leonardo viviam a maternidade em plenitude, conta família

Natural de Fortaleza, a fonoaudióloga Silvana Maria é descrita por sua família como uma mãe plena, alegre e brincalhona. Há mais de 10 anos, mudou-se para o Canadá para viver ao lado do marido, Clineu. Lá, realizou o maior sonho de sua vida: ser mãe.

“Quando o Leonardo nasceu, em outubro de 2020, foi como se a vida dela se completasse. Me lembrei agora de um poema da Cecília Meireles: 'Eu canto porque a minha vida está completa.' Era isso. A maternidade a transformou por completo. Ela assumiu esse papel de maneira total: vivia para ele, com ele, em função dele”, revela Solange.

Segundo a irmã, nesse mês de maio, na primavera em Vancouver, Silvana e Leonardo saíam quase todos os dias para eios em parques, piqueniques e caminhadas por bosques. “Ela queria que ele visse o desabrochar das flores", conta.

Aos quatro anos, Leonardo é descrito por Solange como uma criança meiga, doce e de “sensibilidade rara, uma aura quase angelical”. Em viagem a Fortaleza no ano ado, ela relembra que Leonardo foi a luz dos dias da família. “Ele virou nosso xodózinho, nosso sol particular. Era impossível não se encantar com ele”, declara.

No domingo, 1º, o Consulado-Geral do Brasil em Vancouver foi informado sobre o acidente e segue prestando apoio constitucional à família, conforme explicou Solange Schramm.

De acordo com familiares, o corpo de Leonardo Pedro Schramm Machado deve ser velado em dois momentos distintos, tanto no Canadá quanto no Brasil. Ainda não há data para as cerimônias, já que as tratativas sobre o traslado devem ar pelo consulado.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Vancouver, afirmou ter ciência do caso e disse estar prestando assistência consular à família envolvida. Ainda segundo a pasta, o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.

Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, o Ministério explica que as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.

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