Biblioteca da UFC é vandalizada durante a madrugada; PF apura depredação
A Polícia Federal foi acionada e esteve no local na manhã de sexta-feira, 19, para realizar levantamentos técnicos
A Biblioteca-Laboratório Ivone Bastos Bonfim Andrade - LABIB do curso de Ciências da Informação, da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi vandalizada na madrugada de quinta-feira, 17, para sexta-feira, 18. O equipamento, localizado no bairro Benfica, em Fortaleza, foi depredado, sem indícios de furto ou roubo de materiais.
O protocolo de emergência foi acionado após o segurança do local ouvir um barulho no local, conforme nota divulgada pela UFC.
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A segurança teria tentado interceptar o invasor, que conseguiu fugir. A Polícia Federal (PF) foi acionada imediatamente e esteve no local na manhã de sexta-feira, 19, para realizar levantamentos técnicos.
Procurada pelo O POVO, a PF confirmou o atendimento à ocorrência, mas não forneceu mais detalhes sobre as investigações.
Ainda de acordo com a instituição de ensino, os danos se restringiram a depredação do patrimônio, sem sinais de furto ou roubo, e a equipe de limpeza já está trabalhando no local para os reparos estruturais, incluindo a substituição da porta danificada.
"A estrutura da biblioteca já está sendo restabelecida, com o objetivo de garantir a continuidade de uso do equipamento por alunos, servidores docentes e técnicos-istrativos. Os concertos serão providenciados pela UFC Infra e um relatório deve ser enviado à istração da instituição para as devidas providências", diz a nota enviada pela instituição.
Confira imagens da biblioteca antes e depois do ataque
Comunidade acadêmica repudia o ataque
Nas redes sociais, a Direção do Centro de Humanidades (CH) divulgou uma nota de repúdio lamentando o episódio que, segundo ela, atinge toda a comunidade universitária, em especial o Curso de Biblioteconomia e a Biblioteca-Laboratório Ivone Bastos Bonfim Andrade – LABIB.
A manifestação pública de solidariedade reafirmou o “compromisso inabalável com a defesa da educação, do conhecimento e do patrimônio público”. O pronunciamento cobra, com urgência, o estabelecimento de um pacto pela segurança na instituição de ensino, “visando à proteção não apenas do patrimônio físico, mas, sobretudo, da vida e da integridade de todas as pessoas que constroem diariamente o Centro de Humanidades”.
Em outro trecho, a direção afirma que: “não aceitaremos como normal qualquer ato de violência contra a nossa comunidade acadêmica. O ataque a livros e equipamentos, frutos de esforço coletivo e investimento público, representa um ataque simbólico ao conhecimento e à própria universidade”.
A nota afirma ainda que a Direção do CH está empenhada na reconstrução do laboratório e no fortalecimento das ações para a melhoria da segurança do campus, destacando que deve seguir mobilizando a comunidade acadêmica na construção de soluções, cientes dos desafios que persistem para a consolidação de um debate profundo e efetivo sobre segurança universitária.
O Centro Acadêmico Conceição Sousa, do curso de Biblioteconomia da UFC, também se manifestou sobre o ataque, considerando-o como um “caso grave e delicado”. O pronunciamento, divulgado nas redes sociais, também destacou a “insegurança cotidiana que a UFC e a comunidade acadêmica estão expostas”.
O Centro informou seguir em diálogo com a coordenação do Curso, o Departamento e Direção do LABIB, discutindo as medidas que possam ser adotadas no momento.