Dia do Trabalhador: ato reivindica direitos trabalhistas em praça de Fortaleza
Entre as pautas estão a redução da jornada de trabalho; fim da escala 6x1; isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e a taxação dos super ricos
O ato unificado das centrais sindicais e movimentos populares acontece na tarde desta quinta-feira, 1°, Dia do Trabalhador, em Fortaleza, para reivindicar pautas de várias categorias.
A concentração foi na Praça Portugal, no bairro Aldeota, a partir das 15 horas. Cerca de uma hora depois, a manifestação seguiu pela avenida Desembargador Moreira e avenida Abolição.
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O ato foi organizado pelos representantes estaduais da Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, Central dos Sindicatos Brasileiros e a Intersindical. Além dos movimentos Frente Brasil Popular, Travessia e movimento Povo sem Medo.
Dentre as pautas do ato unificado estão:
- Redução da jornada de trabalho;
- Fim da escala 6x1;
- Isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais;
- e a taxação dos super ricos.
Sindicato dos trabalhadores da construção civil comparece ao ato em meio a greve
Na última semana, os trabalhadores da construção civil realizaram manifestações para reivindicar melhorias para a categoria, que resultou inclusive, em depredação de algumas construções em canteiros de obras em Fortaleza. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sinduscon) repudiou os atos.
A categoria também estava presente no ato do 1º de maio na Praça Portugal para enfatizar as demandas de: vale combustível, fim do trabalho aos sábados e aumento salarial e da cesta básica, afirma o presidente do órgão, Nestor Bezerra.
"Nós convocamos os trabalhadores, que estão de folga hoje, para vir fazer parte deste 1º de maio. Nossa campanha salarial está em curso e, hoje, o patrão nega tudo que os trabalhadores pediram", expressa.
Sobre a depredação das construções em meio às manifestações pela greve, Nestor declara que os atos foram cometidos por "pessoas infiltradas" e que "os trabalhadores têm consciência do trabalho deles".
Escala 6x1 também foi pauta no ato dos trabalhadores
O fim da escala 6x1 — que movimenta políticos e organizações sociais desde 2023 — tem sido tema de discussões na Câmara dos Deputados e em outros setores do governo. Esta pauta foi defendida pelos manifestantes neste Dia do Trabalhador.
A produtora cultural Clara Machado, 41, esteve apoiando o movimento "Vida Além do Trabalho", que defende o fim desta escala, desde seu último trabalho, em que folgava apenas às segundas-feiras. "Eu percebi que ou escolhemos trabalhar ou escolhemos viver", relata.
"Estou aqui no 1º de maio pois acredito que é uma data muito simbólica e é muito importante que o trabalhador esteja na rua reivindicando por qualidade de vida", completa a profissional.
O assunto também foi comentado pelo presidente Lula na mensagem aos trabalhadores transmitida nesta terça-feira, 30.
O vereador Gabriel Aguiar (Psol) — que já apresentou proposta para abolir a escala 6x1 nas contratações da Prefeitura de Fortaleza — diz que a mensagem trouxe esperança de que a medida se torne uma proposta de emenda à constituição (PEC).
"Esta é a principal pauta deste ato de hoje. Essa escala 6x1 é uma escala exploratória... neste dia de folga não dá pra descansar, o trabalhador tem comprar alimento, comprar remédio, cuidar dos filhos... Então, a gente está lutando para dar mais este o na luta histórica dos trabalhadores", explica Gabriel.
Falas de “Sem Anistia” marcam ato do 1º de maio em Fortaleza
Além de representantes das centrais sindicais e dos sindicatos dos trabalhadores, políticos da base também marcaram presença no evento, como o vereador Gabriel Aguiar (Psol), o deputado estadual Renato Roseno (Psol) e a vereadora Adriana Almeida (PT).
Umas das principais pautas do evento foi contra a anistia para os responsáveis pelos ataques às sedes dos Três poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
A vereadora defende que posições políticas devem marcar atos trabalhistas pois eles "defendem a democracia".
"As lutas no nosso país também tratam-se de dizer que quem atenta contra a democracia, como os que fizeram no dia 8 de janeiro, não merecem ser anistiados. Precisam pagar pelos seus atos", afirma.
Confira fotos do ato do 1º de maio em Fortaleza




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