Parada pela Diversidade do Ceará celebra 24ª edição com debate sobre direito de envelhecer

Parada pela Diversidade do Ceará celebra 24ª edição com debate sobre direito de envelhecer

Com tema "Quem chora por nós? Visibilidade, orgulho e direito de envelhecer", evento presta homenagem à ativista Thina Rodrigues e espera reunir 1 milhão de pessoas na avenida Beira Mar, em Fortaleza

A Parada pela Diversidade Sexual do Ceará chega à sua 24ª edição no próximo dia 29 de junho, reunindo milhares de pessoas na avenida Beira Mar, em Fortaleza.

Com o tema “Quem chora por nós? Visibilidade, orgulho e direito de envelhecer”, o evento é organizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab) e tem expectativa de reunir até um milhão de pessoas ao longo da programação. Labelle Rainbow e Viviane Venâncio são madrinhas desta edição.

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O tema faz referência ao questionamento que se tornou marca da cearense Thina Rodrigues, uma das fundadoras do movimento trans no Ceará e referência no ativismo nacional. A data da parada coincide com o dia em que Thina morreu, em 2020, vítima da pandemia de Covid-19.

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Uma pergunta que ecoa na história do movimento

Dary Bezerra, presidente do Grab, explica que “‘Quem chora por nós">As mensagens sobre o direito de envelhecer dialogam diretamente com um cenário de violência: o Brasil é, há 16 anos consecutivos, o País que mais mata pessoas LGBTI+ no mundo, segundo o Ministério dos Direitos Humanos. A maioria das vítimas são pessoas trans, que possuem expectativa de vida de apenas 35 anos no País.

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Visibilidade, orgulho e direito de viver mais

A Parada pela Diversidade Sexual do Ceará deste ano reforça três mensagens centrais. A primeira é a defesa da visibilidade LGBT diante do avanço da extrema direita, como forma de resistência ao conservadorismo. A segunda é o orgulho de ser LGBT, reconhecendo as trajetórias de luta que possibilitam, inclusive, a realização da própria Parada. E a terceira é a reivindicação do direito de envelhecer, especialmente para pessoas trans e travestis.

“Mas envelhecer é só ter mais anos de vida? A gente entende que não. Envelhecer com dignidade pera ter onde morar, o que comer, o à aposentadoria e condições de vida dignas”, ressalta Dary.

Atrações confirmadas e novidades desta edição

O evento contará com, até agora, oito trios elétricos confirmados, reunindo artistas, coletivos e instituições. Além do Grab, estarão presentes Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, Parada na Delas, Instituto Saile, Casa de Andaluzia, Fetamce e Trielétrica.

Uma das novidades é a participação da jornalista Katiúzia Rios, que irá comandar um dos trios. Madrinha da Parada em anos anteriores, Katiúzia retorna agora trazendo estrutura própria, convidados especiais e uma combinação de manifestações políticas e atrações musicais que seguem até as 21 horas.

Pela primeira vez, a Parada terá duas madrinhas: Labelle Rainbow e Viviane Venâncio, ambas travestis, referências históricas no movimento trans cearense. Elas foram escolhidas em meio às discussões sobre o tema desta edição, reconhecendo suas trajetórias de resistência e contribuição com o evento ao longo dos anos.

Realizada desde 1999, a Parada pela Diversidade Sexual do Ceará tem o Grab como entidade organizadora oficial desde sua origem. A 24ª edição conta com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria da Diversidade (Sediv), e da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial da Diversidade da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Coediv/SDHDS).

Serviço

24ª Parada pela Diversidade Sexual do Ceará
Quando: 29 de junho de 2025 (sábado), a partir das 13 horas
Onde: Avenida Beira Mar, em frente à Barraca do Joca, Fortaleza
Quanto: Aberto ao público, gratuito

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Tags

Direitos Humanos LGBQTI+

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